25 de janeiro de 2010

RETRATOS


A caixa estava abandonada em um canto qualquer da casa. Bem fechada. Era uma caixa pequena, leve. Apanhei-a, balancei com as duas mãos, encostei aos ouvidos. Não senti nada. Nem ouvi nada. Também, não entendi que tivesse algo misterioso. Mas poderia ter. Não duvidei.
Na verdade, nem sei quem a colocou naquele lugar. Faz tanto tempo que está ali. Isso eu sei.
Assumi uma curiosidade estranha e tentei abri-la. A tampa estava muito bem colada. Era preciso cuidado.
E se fosse uma lembrança que provocasse saudade?
E era. Um retrato de minha mãe!

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