Olhou a imagem azul refletida no espelho. Tentou fixar-se no passado, aproveitando-se de uma nesga de luz, que invadia a sombra da sala, enfraquecida no mesmo passo da volta que fazia.
Viu a massa amassada ganhando forma, como se a vida dependesse de um sopro para apressar os passos na busca do futuro.
O sorriso se perdeu no esmaecimento da face enrijecida.
A imagem foi se afastando, como se a despedida estivesse próxima.
Nesse instante, a luz se apagou.
Um comentário:
Magnífico conto! Grande abraço, Maria Emília
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